terça-feira, 6 de outubro de 2009

Portugal - A REPÚBLICA EM RÉPLICA DE CONTRAFACÇÃO

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REPÚBLICA… TALVEZ, MAS DE SACANAS!

Ontem, 5 de Outubro, comemoraram a implantação de república em Portugal, uma república e não A República. Uma república de contrafacção, falseada, de psisbeque, talvez manufacturada e adicionada com uma etiqueta colocada por trabalhadores-escravos chineses, made in China.

Ouvir Cavaco a falar daquela república, ou ouvir Sócrates, ou outros dos actuais políticos detentores do poder, e outros da laia, é o mesmo que estarmos no S. Carlos a escutar uma ópera mal amanhada que dê pelo título de Merino de Ouro em falsete. Falta-lhes já a consciência do que é o quê. No caso, do que é a República. Assim como já perderam a noção do que é a Liberdade que conquistámos em Abril de 1974, ou a Democracia, e que eles, aqueles pseudo-repúblicanos, têm vindo a adulterar por conveniências próprias e dos interesses que vêm servindo.

Em Portugal, exemplo de outros países europeus e do mundo, a oligarquia instalada não arreda pé e vem-se reforçando ao longo dos anos. Se pensarmos seriamente, a verdade é que os actores políticos que se apoderaram do país há décadas são os mesmos. Ou então delfins desses, que por tão bolorentos se refundem nos bastidores, sempre agarrados aos seus controles remotos. Porque são os mesmos ou então nomeiam sucessores do mesmo jaez será isto uma República? Não será antes um Reino de Uns Quantos?

Por isso muitos que assim sentem e pensam consideram que vivem num sistema híbrido monárquico-repúblicano-mafioso, como convier no momento e nas circunstâncias, mas República é que isto não é. Nem pó!

Uma contrafacção da República, com uns Reis-Presidentes e uns Presidentes-Reis, com uns primeiros-ministros saídos em caixas de Farinha Amparo, mas escolhidos - sem consciência - pelos portugueses que ainda votam, cerca de metade dos eleitores, porque os outros já nem querem participar nesta flagrante e repelente “palhaçada”.

República, democracia? Não serão antes contrafacções? Ou, república… talvez, mas de sacanas!
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